A princípio este artigo pode parecer pura picuinha com uma distro que eu não gosto, mas eu gostaria que fosse encarado como uma crítica construtiva (com um pouco de sarcasmo, é verdade, mas eu sou assim, fazer o que?)
A história começa quando uma amiga, cansada dos problemas do Windows, resolveu instalar o Ubuntu no notebook dela. Isso se deve em parte por brincadeiras da minha parte [1], por termos outros colegas de fóruns que também usam Linux e por curiosidade dela. Ela queria aprender a mexer no Linux e nada melhor que usando (embora eu tenha dúvidas do quanto o Ubuntu é educativo). Vale lembrar que ela ainda mantinha um computador com Windows.
Ela estava gostando, apesar de alguns contratempos. Acontece, porém, que ela resolveu trocar sua banda larga por uma a rádio, que depende de um modem USB. Não existia suporte a esse modem no Ubuntu 8.04, mas com um pouco de pesquisa descobri que existia um módulo, “é só baixar e compilar”, pensei.
Decepcionado, acabei desistindo de ajudá-la. Como ela não conhece muitos outros usuários (dispostos a ajudar), ela também desistiu e voltou ao Windows. Três semanas depois, ela está com vírus: uma colega da faculdade plugou um pendrive infectado no computador.
Independente de existirem soluções para o problema [2], acho que isso deixa claro o quanto o Linux é dependente de um compilador para C. Não vejo isso como um problema, é apenas uma característica do SO, mas se torna um problema quando essa necessidade é desrespeitada. Acho estranho que o Ubuntu venha com Python por padrão, mas não com o GCC. [3]
[1] Quando ela reclamava do Windows, eu costumava responder ‘www.ubuntu.com’. Não sei como é a situação com as outras distribuições, talvez com OpenSuse, Fedora ou Mandriva, ela não teria esse problema.
[2] Procurei um .deb do driver pré-compilado, mas não funcionou.
[3] Nada contra o Python, é uma das minhas três linguagens favoritas.